quinta-feira, 26 de junho de 2014

Por um favor

Não adianta, os suspiros são ao vento, sinto como cada parte do corpo perde-se uma parte da vida, um peso a mais se acumula, das pontas dos dedos, a mão treme pela fraqueza, a tenção se transforma em dor, lagrimas relutam para sair, estar morto mais ainda vivendo, sinto os ossos frágeis, algo que vem de dentro, a tremedeira sem mover uma parte do corpo, a alma se desfaz, estou quebrado em pedaços minúsculos, a vida doada, desperdiçada, escravo dos meus pensamentos, da minha vida, da minha morte.
A dor, quanto tempo não sinto o sol, ele esta lá, a quanto tempo não deixo ele me ver?
As escritas em pedaços de papeis, aproveitei um momento e deixei que levassem com o vento,ele sabia, aquele outro eu que um dia tinha mais força, agora ele esta sentado, sorrisos.
Vejo agora, são filhos, o sofrimento não são apenas deles, as mentiras contadas, o que se quebrou dentro de mim?
Já fui um senhor da guerra, já fui um percursor da paz, já fui um homem, garoto.
As mascaras viraram paredes, o campo agora é noite, meus olhos estão se fechando.
Agora sinto o vento, já poderia ser um Deus, poderia ser estrelas, posso ser apenas a terra, serei o vazio, ele consome.
Qual é a questão agora? Não me importo mais com respostas, seria mais uma vez a entropia?
Agora espere em pé pois estou deitado a terra, agora lembre quanto fui bom, esqueça minhas maldades que foram muitas, essa é a unica forma de possuir o perdão, esqueça!
Não, não vá por mim, não derrube as flores, não dessa a terra nas suas mãos, feche a tampa e não me culpe.