quarta-feira, 19 de março de 2008

Contos




Um sussurro na noite conta segredos de um reino desconhecido pelo calor humano, onde sorrisos já foram cristais frágeis, hoje são poeira ao desconhecido, sobre o móvel velho da felicidade forrado com a tolha bordada a mão, hoje encardida pelo tempo, da esperança.Sua voz suave chaga ao ouvido da criança triste com contos antigos da imaginação fantástica de pássaros coloridos, palhaços e bailarinas.A musica que o vento gélido traz, faz a lenda mais real, a luz terna da lua cria fadas dançantes na torre negra, o cintilar das estrelas misturado com o aroma das flores noturnas trás mais vida para o salão onde agora começa a festa sombria



ao som de:


MALICE MIZER-Shi no Butou ~A Romance of the Cendrillion~

sábado, 8 de março de 2008

XIII



"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo


Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,


Que, para ouvi-las, muita vez desperto


E abro as janelas, pálido de espanto...



E conversamos toda a noite, enquanto


A via láctea, como um pálio aberto,


Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,


Inda as procuro pelo céu deserto.



Direis agora: "Tresloucado amigo!


Que conversas com elas? Que sentido


Tem o que dizem, quando estão contigo?"



E eu vos direi: "Amai para entendê-las!


Pois só quem ama pode ter ouvido


Capaz de ouvir e de entender estrelas."



Olavo Bilac

Insano

Chuva, batendo forte entre telhas e telhados, vento que grita por dor, derrubando galhos, raios caindo ao horizonte sem saber o porque de sua existência (e quem sabe?).
Agua que invade cantos que nem o homem pensaria sobre seu caminho.
Gotas de agua observando seu trajecto para o fim ta queda, pessoas observando...
onde deixei meu sapatos, agora nada mais importa..
queria ser mais uma gota que descia das nuvem e ser aquela que tocaria sua face,
Adeus, apenas uma palavra, poucos intende,
alguns nem sabem, alguns... Foda-se

quarta-feira, 5 de março de 2008

Time II


Sentado na cama, sem ter certeza do que tinha ocorrido, passei a mão no rosto, forcei a vista para o relógio do celular, já passava das 4 horas, sábado, não iria mais dormir, e mesmo que dormisse teria que levantar as 7, melhor ficar acordado.

Pensei" preciso de um pouco de café, mas a garrafa deve estar vazia, ainda tem vodka na geladeira... uma dose, hum, logo sedo, porque não"

Levantei quase que me esquecendo do sonho, mas do nada a lembrança, um frio gélido na espinha, um cheiro forte, amargo, que queimava a ser tragado, deve ser algo lá fora, preciso de um cigarro.

terça-feira, 4 de março de 2008


Um vento gélido vindo do norte pairou sobre o velho carvalho, que procurava entre as sombras da torre negra uma saída para a luz, o carvalho tinha aproximadamente 500 anos, e suas raízes conheciam mais historia que a biblioteca de Alexandria, seus galhos ainda forte cuidavam das companheiras e de seus ninhos, e de vez em quando parava para ouvir os cânticos, lamentos e contos da criança que morava no topo daquela antiga torre...